O governador João Doria esteve hoje, 25 de novembro, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) no evento que marca o início das operações do IPT Open Experience, que é a pedra fundamental do projeto CITI – Centro Internacional de Tecnologia e Inovação, cujo foco é o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias de alta intensidade (hardtech). O IPT Open é, assim, a primeira ação do governo paulista para a criação de um verdadeiro “Vale do Silício” brasileiro na capital do estado.
O IPT Open Experience é destinado a organizações de todos os portes e setores econômicos que demandem soluções inovadoras. Foram inauguradas no campus do IPT as instalações da GranBio, empresa de biotecnologia 100% brasileira, que atua com a produção e o licenciamento de tecnologia para etanol de segunda geração (2G) e produtos exclusivos de nanocelulose.
A companhia participa do programa na modalidade ‘Centro de Inovação’ e conta com sete projetos, que serão desenvolvidos em parceria com o IPT ao longo dos próximos anos. Também foram assinados os contratos de adesão ao IPT Open Experience das empresas Siemens, Siemens Energy, Kimberly Clark e 3M, na modalidade ‘Hub de Inovação’.
“O sonho do IPT Open Experience faz parte de outro sonho chamado CITI, que foi um projeto criado na Prefeitura de São Paulo em minha gestão para criar um centro de tecnologia e inovação para beneficiar a capital paulista. Esta é a primeira etapa de um projeto que se materializa hoje com um conjunto de empresas, e irá se expandir nos próximos anos”, afirmou ele. “Tudo pode ser feito com a ciência e a tecnologia, respeitando os princípios básicos. E inovar é transformar, e transformar demanda a coragem de contrariar aqueles que afirmam não ser possível”.
DUAS MODALIDADES – São duas as modalidades para a participação empresarial no IPT Open Experience, explicou o diretor-presidente do IPT, Jefferson de Oliveira Gomes: “A primeira é por meio de um ‘Centro de Inovação’, no qual cada empresa parceira poderá criar um centro próprio de pesquisa aplicada nas mais diversas áreas; a outra tem o formato de ‘Hub de Inovação’, um ambiente criado para solucionar desafios tecnológicos, desenvolver e incorporar inovação hardtech nos negócios das empresas”. Esta segunda forma de participação se dará pela interação com startups, pesquisadores, universidades, órgãos de governo e outros atores do ecossistema nacional de ciência, tecnologia e inovação, com a redução de custos e prazos da inovação aberta.
“Imagine um pesquisador da 3M almoçando aqui ao lado de outro profissional da Siemens, e também com um pesquisador do IPT e outro da USP. Isso será possível agora: vamos congregar diversos parceiros para o desenvolvimento integrado de produtos”, completou Gomes.
“Estamos transformando um sonho em realidade: não apenas abrimos o IPT para as empresas, mas estamos trazendo a sociedade para este ecossistema de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen. “A ciência tem o poder de criar inovações que devem contribuir para o crescimento econômico e também para o combate às desigualdades de acesso a serviços públicos de segurança, saúde e educação. As tecnologias precisam chegar a todas as pessoas”.
O QUE DIZEM OS PARCEIROS – Paulo Nigro, CEO da GranBio, ressaltou a importância do início das atividades não apenas para o estado de São Paulo, mas todo o Brasil: “Estaremos próximos fisicamente das equipes de pesquisadores do Núcleo de Bionanomanufatura em um ambiente dos mais modernos: traremos para o IPT a liderança da área de pesquisas e temos um objetivo alinhado com a ideia de inovação aberta, de criar um ‘atrito’ de ideias com a comunidade científica e outras empresas. Isso irá permitir um ambiente virtuoso, reunindo parceiros que poderão contribuir com a competitividade do Brasil e colocar a tecnologia brasileira em um lugar de destaque”.
Para Pablo Fava, CEO da Siemens, “os ecossistemas de inovação aberta são cada vez mais importantes no desenvolvimento do potencial inovador de uma empresa. Eles contribuem fortemente em soluções que são focadas no cliente. Nossa participação aqui reforça o alicerce de desenvolvimento sustentável da Siemens e dos nossos segmentos de atuação: indústrias e cidades inteligentes brasileiras.”
Marcelo Oromendia, CEO da 3M, crê que inovação se faz com colaboração interna e externa: “Sustentabilidade é fundamental para o nosso sucesso e, portanto, o sucesso da parceria com o IPT Open estará em buscar parcerias, principalmente com as clean-techs e outras empresas com interesse comum em sustentabilidade, especialmente economia circular e impacto no clima com a construção de produtos mais ‘verdes’, desde sua criação até o descarte e reciclagem pré e pós-consumo. A transformação digital com foco na indústria 4.0 também é de grande interesse”.
André Clark, general manager da Siemens Energy Brasil, acredita que iniciativas como esta impulsionam a capacidade de inovar localmente: “Procuramos evoluir constantemente as formas de inovar em hardtech, com o apoio das universidades e centros de pesquisa em São Paulo e no Brasil. A adesão ao IPT Open Experience é um importante passo para a criação de ecossistemas integrados que possibilitem a cocriação com nossos clientes”.